Os dados sobre alertas de desmatamento na Amazônia brasileira mostram uma redução no ritmo de destruição da floresta. De agosto de 2015 pra cá, quando começa a ser medido o ano-calendário do desmatamento, com exceção de dezembro, todos os meses apresentaram uma taxa menor de desmatamento em relação ao mesmo mês do ano anterior.
Janeiro não foi diferente. De acordo com o boletim mensal do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), ONG que monitora o desmatamento há 12 anos, a perda florestal no mês caiu 82% em relação a janeiro de 2015.
No total, a análise de imagens de satélite mostrou 52 quilômetros quadrados de desmatamento na Amazônia Legal. É como se metade do Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha desaparecesse em um mês. Mas comparado a janeiro de 2015 é boa notícia, quando o desmatamento somou 288 quilômetros quadrados, cinco vezes maior do que o registrado agora.
Estados
Em janeiro de 2016, o desmatamento se concentrou no Amazonas (45%), Roraima (25%) e Rondônia (21%), com menor ocorrência em Mato Grosso (5%), Acre (2%) e Pará (2%). O excesso de nuvens nos estados do Pará (64%) e Mato Grosso (63%) impossibilitou o monitoramento e explica o porquê desses dois estados, em geral campeões do desmatamento, apresentarem números tão inexpressivos. Quando as nuvens se dissiparem, novas medições podem alterar este resultado.