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Movimento de Aposentados, Pensionistas e Idosos do PDT comemorou, nesta sexta-feira, 27 de setembro, o Dia Nacional do Idoso, na sede da Fundação Leonel Brizola-Alberto Pasqualini, no Rio de Janeiro. O encontro, denominado “Dia Estadual de Filiação”, reuniu mais de 100 pessoas, entre filiados do MAPI, membros de outros movimentos partidários e convidados, como Carlos Gaia, presidente regional do Partido dos Aposentados da Nação. Foram recebidas 13 novas fichas de filiação.
Na primeira parte do evento, a diretoria do MAPI distribuiu diplomas a companheiros que contribuíram para o crescimento deste Movimento, que se reúne todas as quartas-feiras. Os primeiros agraciados foram Eduardo Chuhay, saudado como um jovem militar, intelectual, que foi ajudante-de-ordem do Gabinete Militar do Presidente João Goulart; e o professor Loureiro, definido pela presidente Maria José Latgé, como “um protetor do MAPI, por sua ação sempre positiva na resolução de necessidades financeiras, fundamentais para o crescimento do nosso movimento”.
Em seguida, o professor Prudente, ao receber o diploma, lembrou que sua escola foi uma das bases, no Rio de Janeiro, da Campanha da Legalidade, liderada pelo Governador Leonel Brizola, que, em 1961, garantiu a posse de Jango; enquanto o professor Arildo Teles se disse também orgulhoso de que sua escola – Colégio João Lyra Filho – tenha sediado o primeiro congresso da Juventude Socialista do PDT.
Outro homenageado foi Apio Gomes, jornalista, por seus relevantes serviços prestados na área de comunicação, setor onde trabalha há mais de 30 anos, desde a sua filiação ao PDT pouco depois da fundação do partido.
O elo entre as duas faixas etárias extremas do PDT foi destacado por Maria José, ao entregar o diploma a Joildo Rocha, “que resolve todos os problemas de infraestrutura do MAPI; sempre com extrema competência e boa-vontade”. Para ela, isto demonstra a integração dos mais antigos com os membros da Juventude Socialista do PDT, que esteve representada por seu presidente, Everton Gomes, e outros companheiros da JS.
Elma Cerqueira, tesoureira regional do PDT, ficou, visivelmente, emocionada ao receber a comenda, em nome de sua mãe, Iracema Cerqueira, que, aos 94 anos, ainda faz questão absoluta de votar.
Elma contou que sua felicidade, naquele momento, tinha uma razão profunda: foi o primeiro reconhecimento público de sua mãe em todos estes anos de vida dedicada à política. Disse que, embora ela não tenha sido uma militante ativa, foi muito importante à causa Trabalhista: seu pai, Benedito Cerqueira, somente conseguiu entregar-se 100% a seu ideal, porque dona Iracema resolvia todas as questões em casa, como cuidar dos filhos, e suprir – em sua ausência, em razão da militância – todas as necessidades familiares. E destacou que “ela entregou-se a esta tarefa sem nunca ter feito qualquer questionamento sobre as lutas políticas de meu pai”.
Ao encerrar a primeira parte do evento, Trajano Ribeiro ressaltou a importância de o PDT criar meios de falar com a população com uma comunicação mais direta – como um jornal a ser entregue nas ruas, em sinais, em filas etc. –, porque “nós não podemos mais ficar à mercê da família Marinho, no Rio de Janeiro; da família Frias, em São Paulo; e não sei de que família pelo Brasil afora”.
“O que está ocorrendo com Manoel Dias não é nada mais nada menos que uma repetição de um velho ritual da direita brasileira de atacar o Ministro do Trabalho trabalhista. Foi assim com Jango: chegaram a fazer um manifesto de coronéis. Eles tomaram o bonde errado. Nós aqui – os de cabelo branco e os já sem cabelo – temos uma responsabilidade enorme; porque eles nos atacam com instrumentos muito poderosos”.
“Nós temos o maior número de cassados da ditadura; nós temos o primeiro morto da ditadura, que foi o deputado Rubens Paiva. Nós temos que entender que estamos dentro de um contexto político. Nós, que fazemos parte de uma constelação de partidos, sempre nos destacamos; e isto que está acontecendo aqui, hoje, é um exemplo. Quero saber que outro partido reuniu, em sua sede, seus veteranos, a velha-guarda, para discutir qualquer assunto relativo ao interesse do povo brasileiro” – finalizou.
A segunda parte do encontro foi apresentada pela vice-presidente do MAPI, Olga Amélia, que, para desinibir os demais companheiros, iniciou cantando três músicas de sua própria lavra. E surtiu efeito: com o ambiente descontraído, pedetistas e convidados se revezaram ao microfone.
A companheira Nilza, estreante em atividades do MAPI, relembrou alguns clássicos brasileiros; enquanto Marcão Compositor se alternava entre sambas enredos e composições de sua autoria – algumas que fazem parte de seu CD “Samba no Céu”, com Rubinho do Cavaco, recentemente lançado. O presidente do PDT, Carlos Lupi, vindo de uma série de reuniões, ainda chegou a tempo de soltar a voz.